As lágrimas secaram,
cristais
a luzir caminhos.
Já não sei de teus livros,
de tuas ferramentas,
das pequeninas coisas mágicas
que te saíam das mãos.
Mesmo dos versos que reescrevias
não guardei uma linha.
Porque pude conhecer-te,
não me importou nenhuma herança,
a não ser essas memórias que carrego
como mala de mascate.
Porque tanto me ensinaste,
não te darei um minuto de silêncio,
mas uma vida de histórias.
.....
Em memória de meu avô, Jorge Merege (1906-1989),
que me apresentou aos mitos gregos e a Sherazade.
2 comentários:
lindo poema
Lindo e merecido!!! Vovô Jorge era mesmo tudo de bom! Saudades...
Postar um comentário