quarta-feira, abril 19, 2006

O Sono dos Justos (sim, sim, mais um poema bissexto...!)

Todos os ritos e palavras de poder
ecoam no silêncio.
Os livros apodrecem na estante.
A hera cresce entre os pés dos sábios,
estátuas
no templo abandonado.

Quando chegou a hora mágica eu dormia na clareira,
feliz em meu cansaço.
Não aprendi a língua dos anjos
nem os nomes de Deus.

Ocultos para sempre estão os arcanos.
Meu coração é criança pagã,
não descerra véus.

......

Pessoas queridas,

Este vem sendo um mês muito complicado para mim. Feriados, viroses intermináveis (não em mim, mas em vários membros da família), a escrita urgente de um conto para a seletiva de uma antologia e, last but not least, visitas técnicas quase diárias aqui na Biblioteca. Só passei para deixar este poema, rabiscado num momento de lucidez (talvez não de inspiração, mas enfim...), no final do ano passado.

E pra dizer que volto em breve a fim de retomar a série de memória.

E pra deixar, é claro, um grande abraço a todos vocês.

Ana Lúcia