terça-feira, maio 29, 2012

Excalibur: Notícias sobre a Coletânea da Editora Draco


Queridos Bardos e Mestres de Sagas,

Depois de um longo tempo de espera, eis que finalmente eu trouxe uma boa nova. O editor da Draco, Erick Santos, e eu definimos o prazo final da submissão de textos para a coletânea Excalibur, da qual somos os organizadores. Ficou para o final de agosto, portanto ainda há bastante tempo para escrever ou revisar o trabalho.

Os detalhes, e-mail de envio e demais informações podem ser consultados aqui. Continuamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas.

Preparem penas e tintas e afinem os alaúdes! Contamos com sua participação.

domingo, maio 20, 2012

O Tempo e as Caixinhas


Numa conversa a respeito da minha simpatia pelo Orkut, minha amiga Alicia Azevedo observou tratar-se de um “sistema de caixinhas”. Na hora ri, brinquei com minha já tão denegrida profissão: sou bibliotecária, gosto de caixinhas, fazer o quê. No entanto, depois que parei pra pensar, vi que tem mesmo um lado meu que gosta e precisa de organização, coisa difícil de perceber para quem me conhece.

Meu apartamento é bem limpo, graças aos esforços da nossa devotada funcionária. Mas é bagunçado. Tem livros e revistas empilhados em toda parte, inclusive dentro de caixas que deveriam estar nos armários, quando muito na despensa, mas permanecem há meses em nosso quarto. As estantes transbordam apesar das limpas constantes de que eu já falei pra vocês. No entanto, se eu precisar de alguma coisa, até um livro, geralmente sei onde está; não atraso um pagamento, anoto cada coisa que gasto, sei o que preciso repor na lista do supermercado. Na Biblioteca Nacional a mesma coisa: sou a pessoa mais avoada do mundo, mas tenho tudo anotado pro relatório do mês, arquivo cartazes de exposições que montei há anos e mantenho a mesa arrumada. Acho que é esse o jeito que encontrei para funcionar com a minha dispersividade. E até que vem dando certo.

Agora estou com a rotina mais apertada do que nunca. Minha filha é pré-adolescente, mas nova demais para andar por aí sozinha e cheia de atividades que exigem que eu a leve, que eu a traga, que eu esteja disponível quando ela precisa. O trabalho na BN me ocupa muito e o trânsito não ajuda, restando apenas uma escassa fatia de tempo, em determinados dias, para me dedicar à escrita. Se eu estiver tranquila e inspirada, tudo bem, mas muitas vezes estou preocupada ou simplesmente cansada demais, e então o que faço?

Faço uma listinha. Não muito grande, para não desanimar, só três ou quatro coisas que eu pretendo fazer naquela semana. Em geral tem pelo menos duas que eu tenho certeza de cumprir, mas, mesmo que não, fazer a lista me dá uma sensação de segurança. É como se, ao colocar aquilo no papel, eu adquirisse o poder da realização, uma espécie de magia simpática que vai me ajudar com as tarefas. E quando, às vezes semanas depois, o último item da lista é finalmente riscado, o alívio é grande. Mesmo que eu já tenha vinte outras coisas pendentes e adiadas numa nova lista.

No entanto, a organização levada ao extremo pode ser um problema, e creio que está começando a ser para mim. A lista de tarefas é legal, porque tem prazo de uma semana e serve para, ao menos, sentir que estou produzindo; mas agora dei de me cobrar em termos de tempo, querendo aproveitar cada brecha e cada minuto que, na verdade, não posso saber ao certo como será gasto. Eu tento, por exemplo, determinar que o tempo entre a minha chegada do trabalho e a ida à escola para buscar Luciana será usado para a escrita; mas será que não vou me atrasar para sair da BN? Não vou ficar num engarrafamento, não tenho que ir à padaria, não preciso simplesmente me deitar e relaxar um pouquinho? E os fins de semana? Se não tenho de sair, a ideia é usar as manhãs para escrever, mas como passar a tarde? As duas horas depois do almoço, tenho o “direito” de gastá-las vendo um DVD? Como dividir meu tempo, eu que sou uma só, de forma a ser uma boa mãe, companheira, filha, bibliotecária, escritora e dona de casa? E isso sem contar a caminhada que eu não dou, o Yoga que já não faço, os amigos que pretendo procurar e vão ficando lá para trás, esquecidos, como se fizessem parte de uma outra vida... Ufa!

Pois é. A verdade é que estou tentando viver dentro de um cronograma e isso não é bom. O tempo pode ser medido, sim, mas não aprisionado em caixinhas, principalmente se for um tempo no qual eu quero viver com qualidade. Não se trata de parar, mas sim de me exigir um pouco menos, deixar de me cobrar uma perfeição que eu não tenho, principalmente nos aspectos da minha vida que só existem por pura obrigação. Não vai ser fácil, eu sei. Mas vou tentar, pelo menos, dar uns passos nesse sentido.

E, pra começar, aqui vai esta crônica, surgida e escrita num momento em que eu não contava com isso.

quarta-feira, maio 16, 2012

Notícias e Projetos


Pessoas Queridas,

Por absoluta falta de tempo, as coisas estão meio paradas aqui na Estante Mágica. Isso, porém, não significa que eu estou parada. Pelo contrário! Tenho lido, escrito e feito muita coisa legal.

Como um resumo pra vocês, no mês de abril houve o lançamento do Pão e Arte no Salão FNLIJ, onde tive a oportunidade de apresentar o livro – e me apresentar – a crianças, jovens e alguns adultos que estavam lá prestigiando o evento. Batemos um papo bem descontraído sobre o prazer da leitura, os livros e autores favoritos e, claro, Literatura Fantástica. Já havia entre nós muitos fãs de Percy Jackson, Harry Potter e do casal Bella e Edward; espero ter deixado pelo menos alguns curiosos pela LitFan nacional.

Dias depois, fui a Porto Alegre a fim de participar da I Odisseia de Literatura Fantástica. Fiquei hospedada com a Carol Mylius, capista de O Castelo das Águias, revi muitos amigos e conheci bastante gente legal. Tomei parte numa mesa sobre Fantasia brasileira, autografei livros solo e antologias e conversei com Erick Santos, editor da Draco, sobre os próximos volumes da série iniciada pelo Castelo (esse papo trouxe ótimas novidades. Já já eu conto). Voltei de Porto Alegre com a impressão de que a cidade se firmou como um importante polo de Literatura Fantástica no Brasil... e morrendo de vontade de que possamos, em breve, organizar um evento bem legal aqui no Rio.

Ao regressar, reservei algum tempo para concluir trabalhos deixados pela metade. Ainda estou às voltas com um deles, mas em breve ficarei livre para me dedicar aos dois projetos deste semestre: a organização, partilhada com o Erick, da antologia Excalibur e o trabalho de releitura e reescrita do livro 2 da série do Castelo, que aliás não se passa no Castelo nem é narrado pela Anna de Bryke (suspense... hehehe!). O livro tem o título provisório de Um Ano e um Dia e está previsto para ser lançado no ano que vem.

Excalibur deve sair ainda este ano, assim como outros trabalhos meus pela Draco: um conto na antologia Meu Amor é um Mito, um e-book da série "Contos do Dragão" e – por essa nem eu esperava – o e-book do meu livro O Jogo do Equilíbrio, que teve uma edição independente uns anos atrás. A proposta foi do Erick e nem preciso dizer que aceitei na hora! Na verdade, uma das coisas que fiz nestes últimos dias foi uma revisão caprichada do texto, que já está nas mãos do editor e que espero, em breve, poder partilhar com vocês.

Como podem ver, meus dias têm sido cheios. Nem sempre é fácil arranjar tempo para a ficção, que dirá para os artigos que eu planejo para o blog, muitos dos quais exigem pesquisa e reflexão. Mas vou escrevê-los, prometo, mesmo que poste com pouca frequência.

Não deixem de visitar a Estante Mágica! É uma honra e um prazer tê-los aqui.

segunda-feira, maio 07, 2012

Oração do Escritor


Texto nosso que estais publicado,
Bem-empregado seja o vosso espaço.
Venha a nós o feedback.
Seja entendida a vossa mensagem
Assim na tela como no papel.
O leitor nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai as nossas falhas
Assim como nós perdoamos a quem nos tem criticado.
Não nos deixeis cair no esquecimento
Mas livrai-nos do troll.