sexta-feira, agosto 23, 2013

Leituras de 2013 - Resultados Parciais


Oi, Pessoas, tudo bem?

Passando um pouco do meio do ano e começando a elaborar a lista de "Tops" que já é tradição aqui na Estante, decidi postar uns números parciais.

Desta vez o corte não vai ser por "fantasia" e "mainstream" nem por "adultos" e "juvenis", mas sim, para variar, pela nacionalidade dos autores. Isso retoma uma estatística que eu postei uns meses atrás, no Facebook, a propósito daquela campanha para que lêssemos mais livros nacionais. Espero não levar pedrada quando revelar que, até agora, o Brasil vem ocupando um honroso segundo lugar. :)

Os números a seguir levam em conta apenas livros de ficção, tanto solo quanto antologias. Duas das últimas tinham autores de mais de uma nacionalidade, então considerei a do organizador. Ficaram de fora as HQs, inclusive livros como "Habibi". e "Imaginários em Quadrinhos".

Então, de janeiro até agora eu li:

- 25 livros americanos;
- 19 brasileiros;
- 06 ingleses;
- 3 suecos;
- 2 chilenos, 2 franceses, 2 irlandeses, 2 indianos;
- 1 de cada um dos seguintes países: Itália, Espanha, México, Dinamarca, Canadá, Rússia, Sérvia e Polônia.

Li muito? Li pouco? Não sei, o que vocês acham?

Narrem aqui alguma coisa sobre os livros que leram este ano. E aproveitem para deixar alguma dica para o meu último trimestre. Aguardo.

Até breve e um abraço!
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Ilustração tirada daqui. Se você é bibliotecário/a ou está de alguma forma interessado/a em juntar livros e crianças, visite o site. :)


terça-feira, agosto 13, 2013

Sincronicidade : uma crônica sobre os (meus) místicos anos 80


Oi, Pessoas,

Acabo de contar casualmente uma história do Facebook que merece ser compartilhada aqui.

O amigo Octavio Aragão acabava de falar sobre a ação da sincronicidade, contando que, ao entrar num sebo com a intenção de se desfazer de alguns volumes, deparou-se com um livro de Aleister Crowley que viria a calhar como fonte para sua nova HQ. Tanto a história quanto o nome do personagem envolvido me remeteram imediatamente a uma situação que aconteceu comigo nos idos dos anos 80, a década maluca em que passei sucessivamente de fã da Blitz a Hare Krishna, daí a astróloga amadora e por fim a universitária, namorada do João (com quem estou casada até hoje) e criadora do universo fantástico de Athelgard.

Eu poderia recontar tudo, mas vou usar o corta-e-cola e postar as mesmas palavras do Face.

Não há lugar onde a sincronicidade mais me ataque do que em livrarias e principalmente sebos. Digo isso literalmente. Nos idos dos anos 1980, era pré-internet, estava eu doida atrás de referências sobre mitologia celta quando, num sebo no centro do Rio, um livro despencou da estante ao lado da que eu estava fuçando. Peguei e adivinhem? "A Civilização dos celtas", de Olivier Launay, coleção Grandes Civilizações Desaparecidas.

Mas esperem, a história não acabou. O livro custava um pouco mais do que eu tinha no bolso - fosse hoje seriam uns 3 reais a mais - e, embora não goste disso, tentei pechinchar com o livreiro. O cara disse que guardaria o livro para mim, mas não quis deixar mais barato. Nesse momento, um outro cara parou do meu lado com uma pilha de livros sobre a Índia, ouviu a conversa e sem me dizer nada falou para o livreiro: "Deixa que eu pago a diferença do livro da menina" (adjetivo adequado, pois eu tinha 16 anos). Tentei dizer que não precisava, e ele virou com aquela cara de leitor de "Planeta" e declarou: "Não pergunte o porquê da dádiva. Apenas aceite".

O livro está na minha estante até hoje.


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Para ilustrar esta história, hesitei entre Aleister Crowley, Jung e alguma coisa que remetesse aos 80´s. Mas acabei ficando mesmo com a capa do livro do Launay, que me foi útil não uma, mas muitas vezes ao longo desses quase 30 anos.