terça-feira, janeiro 02, 2024

Publicações de 2023

 Gente amiga,

Mais de um ano se passou desde a minha última postagem aqui. Quem me segue nas redes sociais sabe que 2023 foi bem produtivo; escrevi muito, publiquei bastante e ganhei até prêmio. Felizmente, foi também um ano bem melhor que os anteriores no âmbito pessoal, inclusive com a retomada das viagens que eu adoro.

Em 2024 eu decidi (tentar) implementar algumas mudanças no meu processo de escrita; pretendo concluir um projeto na Editora Draco e contribuir com os coletivos de que participo, mas num ritmo menos frenético, que permita mais tempo para cuidar da minha saúde, ter atividades de lazer, estar com minha família e amigos. A ideia é retomar este blog também, mas sem pressão. Enfim, seguindo em frente para ver no que dá!

Para começar, faço um retrospecto das publicações de 2023. Não vou colocar todas as capas, pois são muitas, mas os links vão aqui. À exceção do podcast (que, assim mesmo, é narrado e editado por outras pessoas), todos são de trabalhos coletivos, o que reforça a importância que sempre dou a seguirmos juntos para chegarmos mais longe! 


O ano começou com uma participação em grande estilo na Revista Mystério Retrô, seguida por um conto curto e bem-humorado no site Mundos Fantásticos. Então saiu a primeira edição do Tapioca Fantástica, publicação do coletivo do mesmo nome, com a temática "Piratas" sugerida por mim. Nele saiu um conto do meu herói Mattan de Cartago, que pode ser conferido aqui. Para encerrar o semestre, publiquei o conto Os Deuses do Planeta Azul, também com tema mitológico e piratesco, na coletânea Vozes Intergalácticas, organizada pela Lu Evans.


Em julho, a convite dos organizadores, fui uma das juradas do concurso que escolheria os contos da Curtos e Fantásticos volume 3, da Jambô. Também colaborei com um conto. Logo em seguida publiquei dois contos do meu personagem Ismael Chakur: na coletânea Aventuras no Tempo, da OBook, e no segundo volume da Tapioca Fantástica, cujo tema foi "Populário". Então, escrevi um texto sobre a história das livrarias cariocas, que foi lido pelo Diogo Andrade no podcast Miudezas e pode ser ouvido aqui. E Lu Evans republicou meu conto curto InsóliDos na coletânea O Último Dia do Futuro, com autores brasileiros e romenos. 


Um convite muito gentil de Duda Falcão me levou a participar, junto com ele e Simone Saueressig, do primeiro número da revista Odisseia de Literatura Fantástica, que pode ser baixado aqui. Lu Evans publicou a coletânea Terra Mágica, com brasileiros e indianos, em que saiu meu conto Francisco e o Destino, e republicou a primeira história de Mattan em Estelar II, de que participam nada menos que cinquenta autores brasileiros de Literatura Fantástica. O formidável projeto Clube Planetário, da Agência Polarys, publicou mais um conto do Ismael em sua edição Delphinus - o projeto foi encerrado, e o conto foi apenas para os assinantes, mas sigam o Polarys, ano que vem tem mais novidade. Por fim, na virada do ano, saiu a coletânea Verões Fantásticos, do coletivo Picolé Antimatéria, em que o conto Ilha Dourada traz a primeira história que escrevi sobre Ismael Chakur.


Um ano bem cheio, né? Eu adorei participar de todos esses projetos, conhecer e renovar laços com tanta gente bacana. Ainda fui jurada do Prêmio ABERST, estive na Odisseia em Porto Alegre e ganhei dois prêmios Argos: melhor conto, por O Jogo do Destino, e melhor coletânea, por Os Pilares de Melkart. É um livro de 2022, mas vou repetir o link aqui para quem quiser conhecê-lo. E podem esperar, que este ano vai ter mais história de Balthazar e Lísias vindo por aí!


Bom, pessoas queridas... Era isso que eu tinha a relatar sobre o ano passado. Teria sido legal aparecer aqui a cada publicação, a cada conquista, e conversar um pouquinho, mas, no atropelo cotidiano, não rolou. Quem sabe a partir de agora eu sopre mais vezes as teias da aranha? Pode ser uma boa ideia... Principalmente se ela for como aquela de Anna e a Trilha Secreta, que tece a partir de histórias!

Um ótimo ano pra vocês. Vamos juntos!

sábado, dezembro 31, 2022

Retrospectiva de Escrita 2022

 Pessoas Queridas,

Este é o último dia do ano, e eu decidi quebrar uma das minhas tradições (listar as melhores leituras que fiz ao longo dos doze meses), mas também repetir algo que fiz ano passado, uma espécie de retrospectiva dos trabalhos literários.

Em 2020 e 2021, anos da pandemia, eu escrevi 22 contos de tamanhos diversos, um total aproximado de 100.000 palavras. Este ano, mesmo voltando ao trabalho presencial, e ainda que tenha passado por vários problemas de saúde (meus e do meu marido), a média se manteve, com um número menor de trabalhos finalizados (foram 9), mas totalizando 51.323 palavras nas versões finais.



Meus originais.
Lamento informar que, uma vez digitados,
seu destino é o beleléu. 


Até o final de novembro, eu não esperava chegar nem perto dessa marca, mas no último mês escrevi dois dos três contos longos (noveletas, vá) que produzi este ano. Dei a sorte de ser apanhada pelo que chamo de "febre ficcional" -- resumidamente, o contrário do bloqueio do escritor -- que me acomete vez por outra, e que  cheguei a descrever num post de 2004. Se alguém estiver interessado em detalhes, ei-los aqui. Seja como for, a produção me deixou bem feliz, e houve ainda vários textos escritos para a Biblioteca Nacional, um pouco mais da série sobre escritores brasileiros e uma sobre livros de aventura. 

Quanto a publicações, além do livro de contos Os Pilares de Melkart., publiquei duas novelas solo no mesmo universo, participei de nove coletâneas ou revistas, publiquei um artigo de divulgação e um capítulo de livro acadêmico -- esses trabalhos e seus links estão nos dois posts anteriores aqui da Estante Mágica. Não ganhei prêmio (acho; Allana e eu somos finalistas do Argos com o Jack London), mas o primeiro quadrinho que roteirizei está na coletânea Babalon, que ganhou o Prêmio ABERST de melhor HQ de horror ou crime. Fui jurada do Prêmio ABERST (noutra categoria, claro) e do Odisseia de Literatura Fantástica. Escrevi paratextos, fiz revisões, participei de lives, dei entrevistas e opinei em projetos que, tenho certeza, vão ter uma repercussão bacana. Infelizmente não participei de muitos eventos literários, como gostaria, mas espero compensar isso no ano que vem.

E o que mais espero, além, claro, de todos termos saúde e de ver o país iniciar sua recuperação após esses últimos anos tão difíceis? Espero escrever contos que fechem dois romances fix-up, espero produzir mais do universo do Balthazar, escrever um livro para adolescentes, ambientado no Brasil durante a pandemia, e possivelmente um romance curto de fantasia urbana. Espero participar de projetos e vibrar com as conquistas de amigos. Espero ler e assistir muita coisa boa, espero fazer um trabalho digno na Biblioteca Nacional (sob outra direção, hurra!) e se tudo der certo voltar a viajar, mesmo que pra pertinho daqui. Enfim, espero que o próximo ano seja pelo menos tão bom quanto os últimos em termos de produção e publicações... e que seja melhor, em todos os outros aspectos, pra mim e pra todos nós.

E, acima de tudo, espero que continuemos juntos, porque vocês fazem parte dessa jornada, e eu sempre soube, ninguém vai longe quando anda sozinho.

Grande abraço, e até o ano que vem!


sexta-feira, dezembro 23, 2022

Livro, Contos e um Capítulo Publicados: Segundo Semestre de 2022

 Pessoas Queridas,

Que ano doido foi esse! Aconteceram muitas coisas, infelizmente nem todas boas, na minha vida pessoal e profissional. Quase não vim aqui e estou repensando os canais de comunicação com amigos e leitores, inclusive para incluir algumas coisas que faço, publico e gostaria de partilhar. Mas ainda não tive como parar e resolver isso, então... Aqui vai pelo menos um post sobre as minhas publicações do segundo semestre. 


 Pra começar, claro que tinha de ser esse livro no qual venho trabalhando há tanto tempo! Os Pilares de Melkart é uma coletânea de três contos e duas novelas, que acompanham o capitão fenício Balthazar de Tiro e o jovem heleno Lísias em suas viagens no tempo, em vários lugares da Antiguidade. Neste livro, além da história ambientada em 323 a. C., que se passa no mar, eles participam de uma peça de Aristófanes na Magna Grécia, vão à Jerusalém do Ano Zero, à mítica Tartessos, na Hispânia, e à Creta do Rei Minos, vivendo muitas aventuras cheias de emoção e bom-humor. O projeto foi financiado pelo Catarse. Quem não tiver pode conferir a sinopse e, se curtir, adquirir o livro clicando aqui




Jogo do Destino é uma das duas prequels de os Pilares de Melkart que foram meta extra no Catarse. Nesta novela, conto como Balthazar e Lísias se conheceram e como o jovem heleno conquistou seu lugar na tripulação, apesar de algumas brincadeiras nem sempre inocentes dos marinheiros. Também apresento Sikkar de Cartago, herdeiro da Casa Aníbal e muito importante para sagas futuras, e a jovem vidente Hermínia, que faz algumas revelações a Lísias. Saiba mais e adquira clicando  aqui.



Outra prequel de Os Pilares de Melkart, a novela Entre Paredes é uma história de amor e fantasmas ambientada em Cartago. Sua protagonista é a jovem Thira, que tem sua deterninação posta à prova quando algo sinistro acontece durante a reforma da taverna de seu pai. A seu lado, enfrentando as forças do Outro Mundo, estão os hóspedes da casa, Balthazar e Lísias, e o mercador Sikkar, pretendente de Thira, além de um misterioso egípcio e da sorrateira gatinha Bastet. Sei que você se interessou, então adquira clicando aqui.



Uma coletânea muito incrível de que participo! Terrores Asiáticos traz vinte contos de autores nacionais, que escrevem sobre seres assustadores do folclore da Tailândia, Coreia, China, Japão e outros países da Ásia. A mim coube escrever sobre o vetala, uma espécie de vampiro indiano que aparece em sagas e contos populares, e ambientei meu conto, O Banquete, em meio a algo bem presente na Índia contemporânea: uma filmagem de Bollywood. Todos os contos são ilustrados, e além do conteúdo bacana o livro ficou muito bonito. Saiba mais e adquira o livro  clicando aqui.



Produto do projeto Em um Mês, um Conto, Fragmentos Fantásticos traz 25 contos de fantasia de subgêneros variados. O meu, A Feiticeira do Mar, se passa na Antiguidade e mostra o relacionamento entre a feiticeira Cunala, vítima da maldição de um deus do rio, e o jovem hispânico Ilano, que é salvo de um naufrágio e passa alguns dias com ela em seu palácio sob as águas. O conto está publicado em três partes aqui no blog, mas com certeza você vai querer ler também os dos outros autores, então adquira o e-book clicando aqui



Rodas de Leitura Literária é um projeto desenvolvido na UERJ, para o qual fui convidada pela Prof. Márcia Cabral da Silva. O convite para participar de um debate e contar um pouco sobre minha trajetória como leitora e autora se estendeu a este livro, em que, num capítulo intitulado A História e as Histórias: uma bibliotecária nas trilhas do fantástico, eu conto tudo e mais um pouco sobre a minha vida, influências, trajetória e planos para o futuro. Quem tiver curiosidade pode adquirir o livro clicando aqui.

Teve mais? Sim, teve mais. Meu conto curto Às Margens do Rio Límpido foi selecionado numa coletânea de contos patrocinada pela Prefeitura de Bragança Paulista (foi publicado, mas acho que não tem como adquirir). Escrevi paratextos: a apresentação de um livro ainda inédito do Clecius Duran, a 4a. capa de Necroloquion, organizado por Carlos Hollanda, e o posfácio de Fractais, coletânea integrada pelo Lucas Amaral. Participei de um monte de projetos e estou trabalhando em histórias e livros bacanas que logo vêm por aí. E, claro, escrevi vários artigos sobre escritores brasileiros e sobre livros de aventura que foram publicados na página da Biblioteca Nacional -- é só clicar  aqui que você acha.

Enfim, gente querida, este foi um ano confuso, não muito feliz, não muito equilibrado, mas não deixou de ser produtivo. Espero, ano que vem, escrever com mais frequência, neste blog ou em algum outro meio que não sejam as redes sociais. Ainda passo aqui este ano, então... Até breve, não desistam de mim! 

segunda-feira, julho 04, 2022

Contos (e um Artigo) Publicados : Primeiro Semestre de 2022

Gente amiga,

Ainda muito feliz com o resultado da campanha de Os Pilares de Melkart, e um pouco frustrada por não ter podido ir à Bienal, venho atualizar vocês sobre as minhas publicações. Já saiu até mais coisa, mas vou mostrar o que já tenho na mão (ou, em alguns casos, no virtual). 

Vamos lá:


Das Profundezas saiu em janeiro. Organizada pela Lu Evans, é uma coletânea temática, que trata de encontros com criaturas míticas ligadas a corpos de água: rios, lagos, oceanos. Vários contos são ambientados no Brasil; o meu, intitulado Encontro em Mararaloka, se passa na Antiga Índia, e é mais uma história do jovem herói Mattan de Cartago, de seu amigo Necos e da jovem mergulhadora Rukmini. De todas as coletâneas organizadas pela Lu, eu acho, sinceramente, que essa é uma das melhores, se não a melhor. Vocês podem conhecê-la aqui.


Também organizada por Lu Evans, Estelar republica os melhores contos que saíram em suas coletâneas, bem como um conto da própria Lu e, ainda, os dos jurados do concurso. Sou uma dessas juradas, e o conto que escolhi para figurar aqui foi o vencedor do Prêmio Argos 2021, Vovó Nevasca -- uma história distópica que, embora singela, já fez alguns perderem o sono. Confiram aqui.


Com organização de Ale Dossena, Rafael Bertozzo Duarte e Valter Cardoso, Neon é uma coletânea do NLCAC - Núcleo de Literatura e Cinema André Carneiro - que homenageia os 20 anos de sua existência. Sou um membro remoto desde o início da pandemia. Meu conto se passa entre o mundo atual e a Idade Média e se chama Concerto para o Podestà. O livro pode ser encontrado aqui


Em maio foi lançado um projeto da Incubadora Literária em parceria com a Luva Editora. É um clube do livro com pacotes mensais diferenciados, e um deles dá direito a uma revista, a Litera. Fui convidada para participar de o primeiro número, e para ele escrevi o conto Os Ventos de Tamária, no mesmo universo dos contos que publiquei nas coletâneas Tempo de Dragões, Tempo de Exploradores e Histórias Fantásticas do Guardião. Conheçam o projeto aqui e, se curtirem, considerem assinar! : )


Outra revista, esta virtual, do pessoal do Movimento RPG. A Aetherica traz vários artigos e entrevistas sobre o universo do RPG e também três contos literários. A convite, escrevi um inspirado na Mitologia, que conta como dois fenícios recolheram do mar um náufrago fortão e confuso e o que rolou a partir daí. Confiram Trazido pelo Mar e os outros contos e textos da revista fazendo a assinatura mensal, bem aqui.


Lu Evans disse que Desígnios é a última coletânea que ela organiza, eu espero que venham mais! Por ora, foi um prazer entrar neste livro de contos inspirados pelo Tarot. Minha carta é O Eremita, e o conto A Escolha de Narendra novamente traz o trio Mattan, Necos e Rukmini. Ainda em Makaraloka, ele se veem às voltas com um sadhu muito indeciso.  Encontrem o livro aqui.



Por fim, sob o meu outro chapéu, além de vários artigos publicados na página da BN -- sobre escritores brasileiros e livros de aventura -- saiu meu artigo Assinado : Machado na Comunicação e Memória, revista da Memória da Eletricidade. Falo sobre a publicação de livros no Brasil do século XIX e início do XX, com base, principalmente, nos contratos da Livraria e Editora Garnier existentes na Divisão de Manuscritos da Biblioteca Nacional, da qual sou curadora. A revista está aqui

*****

Como viram, foi um semestre bem cheio de novidades. No segundo espero ter mais, porém escreverei menos contos do que nos dois últimos anos. A produção, a partir de agora, deve se concentrar em algo um pouco mais longo, para lançar em 2023 ou 2024... o que não quer dizer que não role mais um continho ou dois, se eu receber  algum convite tentador ou me sentir inspirada a levar meus personagens em alguma aventura.

Até a próxima! 

terça-feira, maio 17, 2022

Os Pilares de Melkart: resultado da campanha e metas extras


 

Pessoas Queridas, 

Campanha concluída, últimos apoios computados, venho deixar algumas palavras sobre o que foi essa recente experiência no Catarse. As primeiras, claro, são de agradecimento! Não apenas 145 pessoas (além de mim) apoiaram o livro como dezenas de amigos ajudaram de outras maneiras, com divulgação, boca a boca, cessão de espaço em seus canais de comunicação e até a doação de seu próprio tempo e talento. Fico muito grata a Carol Mancini, que narrou um trecho do livro com sua bela voz, a Nilo Nobre, que fez a arte comemorativa dos 100%, e a Mara Sop, que criou várias artes e vídeos para incrementar a campanha. Também agradeço a meus editores, Erick Sama e Raphael Fernandes, por tudo que envolveu e ainda envolverá a empreitada. Sim, porque este foi apenas o fim de uma fase: ainda é preciso concluir a edição dos livros, produzir as metas extras, imprimir, embalar, enviar tudo para os apoiadores... ufa! Mas podem ter certeza, o Tesouro do Dragão vai chegar direitinho às suas mãos!

Talvez por seu tema não ser tão universal como os duendes e, principalmente, os contos de fadas que ofereci nas campanhas anteriores -- ao que se soma o fato de eu não estar acompanhada por autores incríveis, como das outras vezes --, "Os Pilares de Melkart" demorou um pouco mais para decolar. No fim, porém, a campanha ganhou fôlego e conseguiu atingir quatro de suas metas extras. Os apoiadores não apenas irão receber o livro, acompanhados de marcador e postal exclusivos, mas também dois e-books com novelas inéditas, no mesmo universo dos "Pilares", totalizando cerca de 33.000 palavras extras (equivalentes a um livro de pelo menos 100 páginas). Claro que eu adoraria ter chegado às metas seguintes, mas ter as novelas em e-book também é legal, porque depois elas ficarão disponíveis na Amazon e no site da Draco. Serão um produto de valor mais acessível que, se apreciado, pode conquistar mais leitores para o universo de Balthazar e Lísias.

Por falar em universo... Esse era o ponto em que eu queria chegar. "Os Pilares de Melkart" traz histórias originais de fantasia, com ênfase na aventura; mas para criá-las eu pesquisei muito, li muito e recordei mitos e lendas que me fascinaram desde a infância. Aprofundei isso ainda mais durante a campanha, fazendo posts, escrevendo conteúdos, participando de lives. E como isso é bem mais espontâneo do que escrever ficção -- nesta, por mais que se use o coração, também entra a técnica, a gente revisa e reescreve antes de mostrar --, a campanha mexeu bastante comigo. Me fez revisitar histórias, refletir sobre episódios da minha vida e ressignificá-los, me conduziu numa odisseia em que, felizmente, nunca estive sozinha. Amigos e leitores me acompanharam -- e agora, repassando os posts da campanha e suas interações, mais uma vez confirmo o quanto eles foram constantes e generosos. 

Se eu queria ter atingido um público ainda maior? Claro que sim. Se estou feliz com o que conquistei?  Sem dúvida alguma. Desde o início eu soube que os trabalhos de um escritor não são nada fáceis e que a maioria de nós avança passo a passo, grão a grão, gota a gota. O importante é a gente não se sentir como Atlas ou Sísifo, e sim como Héracles, que luta, rala, passa perrengue, mas sai vitorioso no fim. 

É essa a vibe do Balthazar, foi isso que a campanha me fez sentir, graças ao apoio de vocês.

Obrigada por estar comigo nessa jornada!