terça-feira, junho 28, 2011

Por que Sumi e Tantas Outras Coisas


Pois é, eu sempre digo: Nevermore!
Mas então vêm novos convites,
Novas propostas, novos desafios.
Perto ou longe, eles são coisas tão brilhantes
Quanto ouro da montanha.
Corvo nenhum resiste.

segunda-feira, junho 13, 2011

História de Santo Antônio


Pessoas Queridas,

Hoje é dia de Santo Antônio - o santo casamenteiro, franciscano e português, para quem tanta gente faz promessas. As simpatias são inúmeras, e eu mesma cheguei a fazer algumas, na adolescência, mais por curiosidade do que por devoção: girar a casca de uma laranja sobre a cabeça enquanto ia dizendo as letras do alfabeto (arrebentou no G, mas casei com um João), quebrar um ovo na bacia à meia-noite, cravar a lâmina de uma faca no cabo de um bambu para que a seiva formasse uma letra. Essa não funcionou, talvez porque o bambu não tivesse seiva, mas aquela parte de mim que tem um respeito ancestral pelo folclore e crenças populares ficou... bem, só um “tiquinho” preocupada com a possibilidade de ficar para titia. O que, possivelmente, minhas sobrinhas teriam adorado.

Tempos atrás – se é que isso ainda não acontece, principalmente no interior – as pessoas tinham por hábito “chantagear” o santo, virando sua imagem ou estatueta de cabeça para baixo ou até mesmo pendurando-a sobre um poço a fim de conquistar o marido desejado. Muitas conversavam com ele, como a impagável “Carula”, vivida por Fernanda Torres no filme de André Klotzel, A Marvada Carne, de 1985. Zangada com Santo Antônio, que até agora não realizou seu sonho de arranjar um marido, ela atira a imagem pela janela, e esta vai cair na cabeça de “Nhô Quim” (Adilson Barros), cujo desejo é ainda mais singelo: comer carne de vaca.

O filme é um barato, misturando as peripécias do casal de caipiras com personagens do folclore brasileiro, e eu recomendo a todos que tentem assistir (ou vejam de novo, nem que seja pelas cenas de Dionísio Azevedo guardando o queijo na gaveta). Mas não é para falar sobre ele que estou aqui, e sim para contar uma história mais ou menos parecida, envolvendo Santo Antônio e uma moça chamada Luiza, que nessa época, idos dos anos 1950, era chamada pela família de Luizita.

Nascida no interior, mas criada no Rio de Janeiro, Luizita estava com 21 anos – o que para sua mãe, casada aos 17, já era mais que hora de arranjar um pretendente. Um dia, o irmão de Luiza apareceu em casa com uma novidade: uma imagem de Santo Antônio que tinha encontrado na rua, e que, por brincadeira, ofereceu à irmã. Luizita pôs a imagem em cima da cômoda e teria se esquecido dela se, no dia seguinte, não reparasse que estava de cabeça para baixo.

Pergunta daqui, pergunta dali, no fim a mãe admitiu ter virado o Santo Antônio para que lhe conseguisse um namorado. Luiza disse que não estava pensando naquilo e sim nos estudos – fazia faculdade de Letras – e devolveu o santo à posição normal. D. Abigail, porém, era tinhosa: voltou a virá-lo. Luizita desvirou, a mãe tornou a virar. Uma semana de vira e desvira e por fim Luiza resolveu acabar de vez com aquela história: do mesmo jeito que Carula, embora por outros motivos, jogou a imagem pela janela.

E aí? Bom, ele não caiu na cabeça de ninguém. No entanto, meses depois, Luizita foi apresentada a um rapaz da faculdade, que antes disso tinha estudado no seminário, pouco faltando para ser padre embora não franciscano. Ainda era muito católico e devoto. Crescera no Brasil, mas era português, nascido em Ferragudo, no Algarve.

E, para completar, se chamava... Antônio. Antônio Policarpo Correia, seu futuro marido. E meu pai, de quem, passadas várias luas, ainda sinto tanta saudade.

Bons festejos a todos,

Até a próxima!

quinta-feira, junho 09, 2011

Anima (música para inspirar)



ANIMA

Lapidar minha procura toda trama
Lapidar o que o coração com toda inspiração
Achou de nomear gritando... Alma!

Recriar cada momento belo já vivido e ir mais,
Atravessar fronteiras do amanhecer,
E ao entardecer olhar com calma e então...

Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem, vida,
Tira a mancha que há no meu Ser.
Te quero ver, te quero ser... Alma.

Viajar nessa procura toda de me lapidar
Nesse momento agora de me recriar, de me gratificar,
Te busco, alma, eu sei:
Casa aberta onde mora o mestre, o mago da luz,
Onde se encontra o templo que inventa a cor,
Animará o Amor onde se esquece a paz.

Alma vai além de tudo que o nosso mundo ousa perceber
Casa cheia de coragem, vida,
Todo o afeto que há no meu Ser.
Te quero ver, te quero ser...

Alma.


(Zé Renato/Milton Nascimento)

quinta-feira, junho 02, 2011

Eu Acredito: os selecionados


Pessoas Queridas,

O organizador da antologia Eu Acredito: Fadas e Duendes, Marcelo Paschoalin, divulgou ontem à noite a lista de contos aprovados. Foi uma difícil escolha entre mais de 30 textos, a maioria de boa qualidade literária e todos, sem dúvida, escritos com o coração. Aos participantes, obrigada!

Estes são os contos que se juntarão aos do organizador e aos das duas convidadas, Georgette Silen e eu:

- O duende amigo, de Fernando F. Fasoli
- Tricksters, de Tatiana Ruiz
- Crenças que fazem a diferença, de Milena Cherubim
- O ladrão da chuva, de Felipe Leonard
- O eco dos sinos, de Kamile Girão
- A morte secreta dos sonhos roubados, de Valentina Silva Ferreira
- Melodia dos aflitos, de Carol Chiovatto
- Suspiros, de Willian Rabelo
- Jornada ao arco-íris, de Mariana Albuquerque
- O sabor da queda, de Thiago de Paula Cruz
- Os últimos, de Daniel Cavalcante
- Um lugar seguro contra Eles, de Celly Monteiro e Yane Faria

Os textos estão sendo encaminhados à revisão, e eu começarei em breve a lê-los para escrever um prefácio. Portanto... leitores de LitFan, amigos do Povo Pequeno, aguardem notícias para breve! :)

Abraços a todos!