terça-feira, agosto 13, 2013

Sincronicidade : uma crônica sobre os (meus) místicos anos 80


Oi, Pessoas,

Acabo de contar casualmente uma história do Facebook que merece ser compartilhada aqui.

O amigo Octavio Aragão acabava de falar sobre a ação da sincronicidade, contando que, ao entrar num sebo com a intenção de se desfazer de alguns volumes, deparou-se com um livro de Aleister Crowley que viria a calhar como fonte para sua nova HQ. Tanto a história quanto o nome do personagem envolvido me remeteram imediatamente a uma situação que aconteceu comigo nos idos dos anos 80, a década maluca em que passei sucessivamente de fã da Blitz a Hare Krishna, daí a astróloga amadora e por fim a universitária, namorada do João (com quem estou casada até hoje) e criadora do universo fantástico de Athelgard.

Eu poderia recontar tudo, mas vou usar o corta-e-cola e postar as mesmas palavras do Face.

Não há lugar onde a sincronicidade mais me ataque do que em livrarias e principalmente sebos. Digo isso literalmente. Nos idos dos anos 1980, era pré-internet, estava eu doida atrás de referências sobre mitologia celta quando, num sebo no centro do Rio, um livro despencou da estante ao lado da que eu estava fuçando. Peguei e adivinhem? "A Civilização dos celtas", de Olivier Launay, coleção Grandes Civilizações Desaparecidas.

Mas esperem, a história não acabou. O livro custava um pouco mais do que eu tinha no bolso - fosse hoje seriam uns 3 reais a mais - e, embora não goste disso, tentei pechinchar com o livreiro. O cara disse que guardaria o livro para mim, mas não quis deixar mais barato. Nesse momento, um outro cara parou do meu lado com uma pilha de livros sobre a Índia, ouviu a conversa e sem me dizer nada falou para o livreiro: "Deixa que eu pago a diferença do livro da menina" (adjetivo adequado, pois eu tinha 16 anos). Tentei dizer que não precisava, e ele virou com aquela cara de leitor de "Planeta" e declarou: "Não pergunte o porquê da dádiva. Apenas aceite".

O livro está na minha estante até hoje.


.....

Para ilustrar esta história, hesitei entre Aleister Crowley, Jung e alguma coisa que remetesse aos 80´s. Mas acabei ficando mesmo com a capa do livro do Launay, que me foi útil não uma, mas muitas vezes ao longo desses quase 30 anos.

Um comentário:

Sandro Quintana - Andarilho® disse...

Tem uma frase, que eu acho que é de Jung que diz algo assim: "Coincidências são a forma de Deus nos mostrar que existe ordem no Universo."
Ou algo similar. :)