domingo, setembro 04, 2005

Limpeza de Primavera

If there’s a bustle in your hedgerow
Don’t be alarmed now,
It’s just a spring clean for the may queen.

(Page/Plant)


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Pessoas Queridas,

Pois é, entrou Setembro, a boa nova ainda não está nos campos, mas eu estou fazendo a semeadura que é possível. O Jogo do Equilíbrio já está na Fábrica do Livro, os lançamentos marcados (o do Rio falta confirmar, mas será durante o "Paixão de Ler", em Novembro); tenho feito novos contatos para cursos e palestras e prosseguido, firme e forte, na escrita do Castelo das Águias. Se tudo que planejo vai dar certo, não sei, mas acreditem: não será por eu ter deixado de batalhar!

No dia primeiro do mês eu fiz algo que gosto de fazer a cada início de estação: uma arrumação nas gavetas da minha mesa da Divisão de Manuscritos. Pode parecer exagero, mas, com as restrições à saída de material escrito (preciso da autorização da coordenadora para isso), as revistas que levo para ler ou consultar, os livros que me enviam para o trabalho, os textos e desenhos que rabisco nas horas vagas vão se acumulando, juntamente com todo tipo de quinquilharia. Por isso, de tempos em tempos, quando começo a me sentir bloqueada pela tralha, eu faço uma limpeza em regra... que vale a pena, pois sempre acabo descobrindo coisas de que já havia me esquecido.

Pra vocês terem uma idéia, vejam o que achei desta vez:

- Um par de tênis, estrategicamente guardados para quando chegasse com os pés molhados;
- Os dois primeiros números da revista Fantastik (mas por que parou?)
- Um desenho (primário, obviamente) do corpo docente da Escola Hogwarts;
- Miniaturas de um mago, um gnomo, o Clopin do desenho da Disney e o Coiote;
- Uma foto da antiga diretoria da Associação de Funcionários da BN;
- Uma pasta de dentes sem validade desde 2003 (essa escapou a limpezas anteriores);
- Uma fita K7 com as músicas do LP Mirrors, de Sally Oldfield (irmã do Mike);
- Um disquete com a primeira versão de alguns dos meus contos;
- Um rolo de durex (moeda forte de troca na Divisão de Manuscritos);
- 27 cadernos em branco, dos mais variados tamanhos (não, não estou exagerando);
- Uma caixa contendo fichas de livros da Divisão, há muito passadas para o computador e
- finalmente, três poemas inéditos, dos quais ofereço a vocês o que parece menos pior.

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De Histórias e Poções

Certas histórias saem prontas,
de estalo,
como champanhe no gargalo.

Outras precisam do seu tempo de cozimento.
Roteiro.
Fermento.

Mas há histórias
que são como poção.
Até que a mágica se faça,
se ocultam,
decantam
e esperam
no fundo do caldeirão.
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Abraços a todos,

Esperemos a Primavera!

Ana Lúcia

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