Oi, Pessoas!! Tudo bem?
Pois é... Vários de vocês andam perguntando pela Luciana, que esteve por muito tempo ausente do blog, salvo por uma ou outra citação rápida. Eu costumava falar bastante a seu respeito, e de repente parei... não foi?
Na verdade, existe uma explicação, que eu só posso dar agora: na sua versão anterior, a Estante Mágica passou muito tempo na lista de “indicações” do Blig e, com isso, recebeu visitas não apenas de pessoas legais, mas também daquele tipo de gente que entra nos blogs alheios para ofender e ridicularizar o autor. Eu pedi que retirassem o blog da lista, mas isso só aconteceu após uns quatro meses, mais ou menos... e, por isso, preferi me restringir a artigos e informações sobre meus cursos e meu livro, sem entrar muito no campo pessoal. Não que, com isso, os “engraçadinhos” tenham parado de aparecer... Mas prefiro um milhão de vezes ler algo do tipo “sua nerd, vá praquele lugar, você escreve demais” do que insultos dirigidos à Luciana, como vi acontecer em outros blogs que falam sobre crianças. Isso é muito triste, revoltante mesmo... Mas é verdade.
Agora, que não figuro mais em nenhuma lista infame e voltamos a estar entre amigos, é com prazer que volto a falar sobre a Luciana, especialmente sobre as mudanças que ocorreram nos últimos meses. Para quem não sabe, minha filha está com três anos e meio, tem cachinhos louros, é alegre, marota e muito, muito tagarela (a quem será que ela puxou?). Seu gosto por livros e por ouvir histórias persiste, e percebemos um talento ou, pelo menos, uma atração pela dança do tipo clássico. Ela está muito esperta para a idade, argumenta muito bem (embora com uma lógica toda particular) e tem um temperamento meio autoritário, mas que quase sempre conseguimos contornar (sem dúvida, O Reizinho Mandão será uma das próximas “leituras estratégicas” da Mamãe). Na creche, está aprendendo as primeiras letras, muitas das quais já conhece e até reproduz... Enfim, está crescendo e se desenvolvendo a olhos vistos, o que nos deixa felizes e orgulhosos da nossa grande pequena!!
Mas o maior progresso, o que mais se pode notar porque realmente aconteceu em etapas bem marcantes, foi no campo do desenho. No início do ano, Luciana só fazia rabiscos; há três meses, começou a fazer, uma vez por outra, aqueles desenhos do tipo célula (um círculo com pontos e traços, como se fossem olhos): e de repente, de duas semanas para cá, lá está ela desenhando pessoas, com olhos, boca, orelhas (raramente lembra do nariz), um corpo pequeno, braços, pernas e mãos e pés com dedos longuíssimos. Mais que isso: ela coloca, espontaneamente, detalhes que têm a ver com o personagem representado. O pai ganha óculos; a mãe, cabelos mais longos; o Nemo, barbatanas e o Capitão Gancho, um grande chapéu. Quanto aos auto-retratos, são o máximo dos máximos, pois Lulu nunca se esquece de que seus cabelos são enroladinhos e faz um monte de círculos no alto da cabeça do boneco! E amarelos, se houver lápis ou giz de cera disponíveis...!
A essa altura, sei o que vocês estão pensando. Com malícia, condescendência ou (possivelmente) compreensão, devem estar achando que sou uma mãe muito “coruja” e que, ora bolas, por mais inteligente que seja, a Luciana não está fazendo nada diferente do que qualquer criança da sua idade. É isso, não é?
Pois saibam que tenho plena consciência das duas coisas. Uma, de ser uma tremenda "coruja", como aliás toda mãe que se preza. Outra, de que a Lulu é perfeitamente normal, não está superadiantada para a idade, está se desenvolvendo dentro dos padrões esperados. O que me surpreende e ao pai dela, e que nos deixa maravilhados (e se possível ainda mais "bobos" é ver como ela chegou a isso numa espécie de salto, sem que percebêssemos a transição... como tão de repente aquele bebê que mal sabia andar e falar se transformou nessa garotinha cheia de frases, trejeitos e muita, muita vontade própria. É mais ou menos como se tivéssemos ido dormir, deixando no jardim um botão de rosa... e de manhã a encontrássemos aberta, com pétalas de cores ainda mais belas do que jamais teríamos esperado.
Sabemos que nossa pequena flor ainda não está completamente desabrochada: que ainda precisa de muito alimento, muito Sol, muito cuidado e carinho de seus jardineiros. Mas as cores que estão dentro dela não seremos nós a lhe dar: elas já estão lá. E por mais que o presenciemos, jamais nos cansaremos de nos maravilhar com o espetáculo de cada nova pétala que se abre. Ou de constatar, como diria João Cabral, que
(...) as mãos que fazem coisas
nas suas já se adivinham...
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Pois é... Ela está crescendo... O que mais posso dizer?
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Abraços pra vocês,
Ana Lúcia
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