segunda-feira, dezembro 31, 2018

FELIZ ANO NOVO, DE TODOS NÓS!



E que possamos nos encontrar muitas vezes, em todos os universos, o real e os imaginários!

Abraços e até breve!

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Ilustração de Hidaru Mei

domingo, dezembro 23, 2018

Um Balanço de 2018 - Produção Literária


Pessoas Queridas, 

O ano vai chegando ao fim, e eu estou muito cansada em vários sentidos, mas queria deixar um registro daquilo que fiz no campo da Literatura. A ideia é falar da produção, depois das publicações, dos eventos de que participei... Bom, não sei se farei tudo isso, ou se o farei ainda este ano, mas começar já é alguma coisa! 

Eu entrei em 2018 com dois trabalhos importantes já iniciados: "Orlando e o Escudo da Coragem", que pertence ao universo de O Castelo das Águias, e um dos Contos da Clepsidra, narrando a viagem de Lísias e Balthazar à Creta do Rei Minos. "Orlando" era o foco maior, porque eu queria que fosse publicado na Bienal. Era um livro curto, para um público jovem, que eu tinha boa ideia de como seria, mas foi mudando muito ao longo do processo. Finalmente ele foi concluído a tempo de passar pela leitura beta e crítica e de ser lindamente ilustrado e editado pelo super Erick Sama. Ficou com um pouco mais de 30.000 palavras.



Estou muito feliz com esse trabalho, que vem recebendo elogios e que espero seja adotado em duas ou três escolas ano que vem, além de já estar nas mãos de várias crianças. Espero que vocês gostem. Se alguém se interessar, aqui está o link para o livro no site da Editora Draco.

Enquanto escrevia "Orlando e o Escudo da Coragem", eu ia também produzindo muitos textos no universo dos Contos da Clepsidra, mas que dizem respeito a histórias da nova geração. Ao terminar "Orlando" e voltar dos eventos de meio do ano (FLIP e Bienal), voltei a mergulhar nos mares de Creta e... eis que o conto virou novela, praticamente do mesmo tamanho do "Orlando". "Os Touros de Creta" permanece inédito e eu espero publicá-lo dentro de um ou dois anos junto com outras histórias de Balthazar e Lísias.
Ilustração para "Os Touros de Creta" por Hidaru Mei


Ao concluir "Os Touros de Creta", eu estava envolvida com a geração seguinte dos Contos da Clepsidra, e eis que produzi uma série de seis contos longos narrados por Liserbal, um dos filhos de Sikkar de Cartago. Metade ainda está no caderno, mas serão, por baixo, umas 60.000 palavras, que devem ser publicadas apenas online ou no máximo em e-book. Por quê? Porque são contos "slice of life", falam mais do desenvolvimento dos personagens, têm muito pouco de fantástico e propriamente de aventura. São contos que quero dar de presente a quem ler as histórias mais "emocionantes" que sairão em livros. Ou são contos que eu me dei de presente. Vai saber? ;)

Liser e sua esposa prestes a saborear um
delicioso peixe com molho de garum, por Sheila Lima

Então, com a conclusão de "Orlando" e de "Os Touros de Creta" e dos contos de Liserbal, mais outras coisas esparsas escritas aqui e ali - e sem contar os textos de divulgação, posts e outras coisas - eu escrevi 183.326 palavras de janeiro até agora. O número deve aumentar em no máximo umas 5.000 até o fim do ano. É um pouco menos que ano passado, mas a produção poderia ter sido menor ainda; estou muito orgulhosa dos resultados obtidos.

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E aqui, pessoas queridas, não tem ilustração, mas se tivesse seria uma grande porta aberta, e todo um mundo de histórias que esperam lá fora. Quero vivê-las, espero escrevê-las, prometo partilhá-las.

terça-feira, dezembro 18, 2018

Leituras de 2018: Estrangeiros

Pessoas Queridas,

Cá estou eu de novo para falar do que andei lendo ao longo de 2018. Foi bastante coisa: 112 livros no total até agora, dos quais cerca de setenta estrangeiros, isso sem os contos e fragmentos soltos. Vou compartilhar aqueles que mais curti, sem ordem de preferência, lembrando que o único critério é o prazer (e em alguns casos as reflexões) que essas leituras me proporcionaram. Vamlá?


O Menino que Via Demônios, de Carolyn Jess-Cooke. O livro conta a história de Alex, um menino irlandês com problemas familiares e psicológicos, cujo único amigo declarado é... um demônio de 9.000 anos de idade. À medida que seu tratamento progride, Anya, a psiquiatra, se vê cada vez mais perto da resposta a uma pergunta inquietante: Ruen, o demônio, realmente existe?



A Forma da Água, de Guillermo del Toro e Daniel Kraus. A maioria dos leitores deste blog deve ter visto o filme (que eu ainda não vi) e tenho certeza de que se sensibilizou com a história. Recomendo que também leiam o livro, pois a história contada aqui é maravilhosa do ponto de vista literário. Eu devorei essas páginas (ou melhor, as bebi, pois se trata de água, não é? hehehe) e os raros intervalos me trouxeram muitas reflexões sobre o amor e a condição humana.



Nas Noites Árabes, de Tahir Shah. O autor já passou por esta estante com A Casa do Califa, em que conta seu primeiro ano em Casablanca numa casa assombrada por djinns. Agora, ele narra as histórias que ouviu de vários narradores, numa viagem pelo Marrocos, histórias tradicionais e familiares com um toque de superstição, sabedoria e sobrenatural. E, ao mesmo tempo, se faz uma pergunta: qual dessas histórias é a mais importante para a sua vida?



Reze Pelas Mulheres Roubadas, de Jennifer Clement. Esse livro é triste, muito triste... e, infelizmente, realista. Conta a história de mulheres em localidades do México dominadas pela guerra do tráfico, os duros artifícios da sobrevivência, a quase impossibilidade de quebrar o ciclo, mesmo que se deixe aquele local. Não se trata de documentário, mas de um romance muito bem escrito, que me prendeu do início ao fim e me fez torcer loucamente pela protagonista LadyDi.




Hex, de Thomas Olde Heuvelt. Esse vocês com certeza conhecem, não me alongarei sobre ele. Direi apenas que vale muito a pena conhecer a história criada pelo autor holandês, e transplantada para uma cidade americana onde a população convive com uma bruxa do século XVII e com a maldição que os prende àquele local. Bem escrito e um pouco angustiante, como esse tipo de livro tem de ser.


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Bom, essas foram as leituras que destaco, dentre as estrangeiras, neste ano que ora se encerra. Espero que aproveitem algumas dessas dicas e deixem as suas nos comentários.

Ainda nos falamos antes de o ano virar!!

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Leituras de 2018: Nacionais

Pessoas Queridas,

Fiquei em dúvida sobre publicar a lista de minhas leituras favoritas este ano. Não são resenhas, não se referem (ou nem sempre) a livros novos pra ficar de olho... não têm muito critério, realmente, só aquilo que li e gostei. Mas como é uma tradição de muitos anos, e os consultados foram unânimes ao dizer que eu deveria mantê-la... Aqui vão, sem ordem de preferência, os livros que mais me agradaram ao longo de 2018, começando pelos nacionais.



O Infinito no Meio, de Priscilla Matsumoto. Esta é a história de Cecília, uma moça que vive numa espécie de “dimensão à parte” do mundo real, chamada por ela de Infinito no Meio e compartilhada com espíritos, vampiros e outros seres incorpóreos. É um espaço, mas na verdade corresponde a um momento: o momento em que Cecília sofreu um grande choque, e que, por assim dizer, a dividiu em duas metades. Um jovem misterioso consegue, enfim, tirá-la de seu isolamento, mas isso a leva a enfrentar outros demônios, mais ameaçadores que os habitantes do Infinito no Meio. Li esse livro de Priscilla de um gole só, assim como li outra obra sua em e-book, Anunciação, que assume um tom mais confessional ao contar a história de uma escritora que lida com seus fantasmas interiores e com sua complicada vida amorosa.




Ninguém Nasce Herói, de Eric Novello. Parece que o autor estava adivinhando o que viria ao escrever essa história passada num Brasil distópico, governado por uma teocracia que persegue opositores e, principalmente, integrantes de minorias. Chuvisco, o protagonista, tem um “herói interior” que se manifesta de forma surpreendente, conferindo maior profundidade ao personagem e um sabor agridoce a todo o texto. Mais uma boa fantasia urbana de Eric Novello.



A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha. Um livro delicioso, ambientado no Rio de Janeiro entre as décadas de 1940 e 1970. Casada com o “certinho” Antenor, mãe de duas crianças e irmã da transgressora Guida, Eurídice é uma dona de casa cuja personalidade vai emergindo através de pequenos atos de rebeldia e de tomada de posição. É tanto uma história familiar quanto uma crônica de costumes, que eu imagino vá agradar a leitores de Machado de Assis, Marques Rebelo e Lygia Fagundes Telles. Curti tanto que até já comprei mais um livro da autora, Nunca Houve um Castelo.



Vikings: Berserker, de Eduardo Massami Kasse. Depois de cinco volumes, muitos contos e agora duas HQs da série Tempos de Sangue, foi muito legal ver o Eduardo mergulhar mais profundamente no mundo viking, o que aliás ele já tinha feito no seu conto “Sacrifício”, na coletânea Medieval. Berserker é a história de um grupo de jovens que se faz ao mar em busca de fama e fortuna – na melhor tradição viking – e vive uma aventura cheia de emoção, perigo, sexo, sangue e sujeira – na melhor tradição de Eduardo Kasse. Vale a pena conferir esse lançamento da Bienal 2018!



Araruama, de Ian Fraser. Não há muito como descrever esse livro independente, que conta a história de vários jovens num continente sul-americano reinventado, cheio de tradições e mistérios. Sei que, apesar de ter visto algumas falhas de revisão, alguns trechos que se beneficiariam de uma edição melhor, o texto me prendeu do início ao fim. Ou talvez o universo criado pelo Ian e os personagens às vezes heroicos, às vezes trágicos, sempre indiscutivelmente humanos, mesmo que um deles tenha orelhas de onça. Em breve sairá o livro 2 e eu quero muito ler para saber o que acontecerá com seus jovens protagonistas.

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Além desses livros, menciono também alguns trabalhos mais curtos que chamaram minha atenção. Diogo Andrade publicou a novela A Canção dos Shenlongs, prelúdio a um texto mais longo que eu espero com antecipação, porque a escrita e a construção de universo são de primeira linha. Karen Alvares, Camila Fernandes, Sheila Lima Wing, Cristiano Konno continuam a publicar excelentes contos curtos. Claudia Dugim nos brindou com Volte Para o Seu Lar, um conto sobre duendes e uma cidade cheia de doçuras apenas aparentes, e com os textos de Rede Vermelha Sobre o Oceano de Merda, um dos quais eu já vou favoritando para o Prêmio Argos 2019. Por fim: não li ainda a coletânea, que saiu sob o título O Auto da Maga Josefa, mas o conto que eu já conhecia de Paola Lima Siviero, ambientado no agreste e protagonizado por Josefa e Toninho, me faz ter certeza de que vale a pena adquirir o e-book.

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Bom, Pessoas... É isso. Espero que curtam as dicas. Logo logo eu volto, compartilhando as leituras de obras estrangeiras.

Até lá!

sábado, dezembro 01, 2018

Vitória no Prêmio Argos 2018

A capa maravilhosa do nosso livro.
Por dentro é incrível também. Trabalho do Erick Sama! 

Pessoas Queridas,

É com prazer e orgulho que comunico a vitória de "Magos: histórias de feiticeiros e mestres do oculto" na categoria coletânea do Prêmio Argos de Ficção Fantástica, conferido pelo CLFC - Clube de Leitores de Ficção Científica.

O livro concorreu com várias outras coletâneas, algumas autorais, outras, como a nossa, com participação de vários autores. Em "Magos", somos doze, cada qual com seu estilo e sua história para contar: Eduardo Kasse, Simone Saueressig, Erick Santos Cardoso, Karen Alvares, Marcelo A. Galvão, Vivianne Fair, Eric Novello, Liège Báccaro Toledo, Charles Krüger, Melissa de Sá, Cirilo S. Lemos... e eu, é claro! Passamos por muitos subgêneros da fantasia, que vão desde a fantasia urbana ao weird west e dois contos fenomenais de fantasia histórica, passando, é claro, pela fantasia épica com elfos e unicórnios.


"Magos : histórias de feiticeiros e mestres do oculto" foi lançado na Bienal 2017 e sempre está à venda nos eventos de que a Editora Draco participa. Também pode ser encomendado em livrarias ou no site da editora, seja na versão impressa ou em e-book. Basta clicar aqui.

Balthazar e Lísias, personagens de "O Ouro de Tartessos"
e de outros contos da série de fantasia histórica "Contos da Clepsidra".
Ilustração de Angela Takagui

Outra conquista no Argos foi o terceiro lugar na categoria conto, obtido por "O Ouro de Tartessos", que foi publicado pela Draco como e-book. Para adquiri-lo, clique aqui.

Enfim, estou muito feliz com essa dupla vitória, que me motiva a seguir em frente. Espero que vocês conheçam meu trabalho -- meu, não, nosso! -- e que curtam bastante! E depois me digam.

Grande abraço a todos!