Atravessando a rua, percebo que o nó do
cordão em meu pescoço se desfez. Apalpo: o pingente que comprei no Nazgûl Com
não está lá. Percorro a calçada com os olhos e não o encontro, mas logo adiante
o brilho do Sol na prata me revela que caiu sobre a faixa de pedestres. E o
sinal acabou de abrir.
Fico de olho, torcendo para que nenhuma roda o atropele. Um
ônibus passa e o pingente fica entre as rodas, carros passam ao lado;
finalmente duas rodas de um carro e, depois, as de um ônibus rolam por cima
dele. Sem piedade.
Espero o sinal fechar e vou buscar o pingente, resignada a tê-lo
de volta amassado e com a argolinha quebrada. No entanto, surpresa: está
perfeito, inteirinho e brilhante. E pronto para ir à festa comigo.
De
modo que, sendo fênix, provou sua força de dragão.
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