Eu faço versos como os saltimbancos
Desconjuntam os ossos doloridos.
A entrada é livre para os conhecidos...
Sentai, Amadas, nos primeiros bancos!
Vão começar as convulsões e arrancos
Sobre os velhos tapetes estendidos...
Olhai o coração que entre gemidos
Giro na ponta dos meus dedos brancos!
“Meu Deus! Mas tu não mudas o programa!”
Protesta a clara voz das Bem-Amadas.
”Que tédio!” o coro dos Amigos clama.
“Mas que vos dar de novo e de imprevisto?”
Digo... e retorço as pobres mãos cansadas:
“Eu sei chorar... Eu sei sofrer... Só isto!”
.....
Pessoas queridas,
Há exatos vinte anos perdíamos Mário Quintana para o céu dos anjos e dos cata-ventos. Para recordá-lo, compartilho este poema que sempre me faz lembrar dos saltimbancos de Athelgard, embora - claro - eles sejam um pouco menos líricos e muito mais patifes. :) Espero que gostem!
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